domingo, 26 de agosto de 2012

Culpa


Quando criança
Tive perdas, decepções, acusações
Que estão na memória
Doendo com se fossem
Marcados com ferro em brasa

Tento me libertar
Tento não pensar
Mas está lá
A me atormentar


Uma criança
Uma doce menina
Que culpa eu tinha,
Da morte chegar?

Uma menina
Cheia de sonhos
Que culpa eu tinha,
Do monstro existir?

Que culpa tenho?

Das lembranças, dos meus pensamentos??

Uma mulher amada, querida.
Não mais esquecida, desprotegida
Sou um mármore frio, com meus desafetos
E fogueira pra aquecer quem merece.

Vivo na defensiva
Que culpa tenho?
Pois mataram aquela menina
Aquele doce eu.

Camila Emerick

2 comentários:

  1. Acho que a morte não é bem vinda
    mas de uma coisa eu tenho certeza:
    a morte não visitou a tua beleza...
    muito menos levou embora
    aquela que nos está escrevendo agora.
    E aquela menininha branquinha que conhecí
    ainda está aqui!
    Emanuelle

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